Thursday, May 31, 2007

Penafiel Nova Missão na APADIMP






APADIMP teve as Personalidades certas e merecedoras das suas instalações, na Bênção Religiosa do Lar Residencial D. António Ferreira Gomes.
De seguida foi realizada uma visita às novas instalações residenciais, que por sinal estão bem bonitas. São certamente bem merecidas para os alunos utentes desta instituição.
A aposta foi muito boa e que o digam os comentadores. Parabéns a todos quantos contribuíram para o bem-estar da humanidade deficiente desde o seu início, parabéns às 216 pessoas diárias na instituição, parabéns à direcção. Ver Personagens nas fotografias. Um Forte Abraço.
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Fotos de: napoleão.monteiro@sapo.pt

APADIMP Penafiel






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APADIMP com LAR Residêncial






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APADIMP residencial D. António Ferrira Gomes






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Tuesday, May 29, 2007

Arte em Penafiel e a Visita do Presidente da Cãmara






Partes do PROJECTO

Arte e Artistas em Penafiel






São eles Patinha, Pé Curto, Matos e Ribeiro os escultores que estão em Penafiel no campo da feira “ Campo Torres Novas”. Escultores e sua equipa, iniciaram os trabalhos, no desgaste da pedra, num projecto orientado pela Árvore seu Eng. Amândio Secca, com base na Lenda de Penafiel como: Aurora de S. Bartolomeu, Pedra do Dragão, Corredor do Padre, Serpente e Dragão etc. Ver, para aprender até dia 06 de Junho, depois só colocadas no sítio que é na Parque da Cidade de Penafiel.

Wednesday, May 23, 2007

CÂMARA ESCURA Lançamento da Obra em Penafiel

A NEGRA TINTA EDITORIAL tem o grato prazer de lançar a obra “CÂMARA ESCURA (revelação), do poeta Joaquim Amândio Santos, com prefácio de António Lobo Xavier.Sendo esta obra mais um trabalho nascido de um escritor cuja carreira foi lançada na blogosfera, a exemplo das edições previstas e possíveis no futuro próximo desta editora, será importante contarmos com a honra da presença de bloggers nas diversas acções de lançamento da obra.Lançamento e Apresentações: 31 de Maio Funchal, 8 de Junho Penafiel, 14 de Junho FNAC Norteshopping Porto28 de Junho, FNAC Chiado Lisboa5 de Julho FNAC Coimbra Nélia Maria Pereira Edições e Comunicação NEGRA TINTA EDITORIAL

(penafielgentearte) vai estar presente. 8 de Junho em Penafiel

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Igreja de Meinedo, Santa Maria na rota do românico






Românico Igreja de Meinedo Santa Maria






Na rota do românico Vale do Sousa

Monday, May 21, 2007

 LEMBRANDO ANTÓNIO ROCHA E MELO 







» LEMBRANDO ANTÓNIO ROCHA E MELO »

por MIGUEL VEIGA

Com António Rocha e Melo, o meu querido, muito querido, António, habitámos, anos a fio, sempre calorosos e resplandecentes, nunca ensombrados ou sequer reticentes, a amizade. A amizade é o lugar na terra onde mais gosto de viver. A amizade é o essencial, o sal, o sol da vida. É ela quem nos trouxe, a todos, hoje aqui na memória reconfortante do nosso querido António. Reconfortante porque aqueles que não têm memória morrem de frio. É a amizade que nos funda e funde, nesse laço e traço de afinidades electivas, tecida por uma comunhão de gostos e de contragostos, de repulsas e preconceitos, de exaltações e de indignações, por um consenso de linguagens, por um acerto de olhares, e, até, de reflexos, mas, sobretudo, dos afectos das nossas águas mais silenciadas. A ternura é o mais difícil e nós tantas vezes nos enternecemos. Como uma árvore, às vezes penso, o homem pode subir alto, mas as raízes não sobem. Estão na terra, para sempre, junto da infância e dos mortos. (Vergílio Ferreira).
Juntos estamos do António Rocha e Melo, adormecido para todo o sempre. Ignoro para onde foi, suponho que para lado nenhum. Desconheço mesmo se o António tinha algum Deus em quem acreditasse e qual ele fosse. Se bem que tanto tivéssemos falado sobre tudo e sobre nada, o nosso infinito era a curiosidade sobre a vida e sobre o humano, guardando discretamente para cada um as nossas próprias perplexidades sobre o “além” e sobre as especulações metafísicas, que silenciávamos como monges a trocar silêncios, embora com o respeito de quem não considerava a metafísica como uma espécie da literatura surrealista. O António era um “buscador do mundo”. Deste nosso mundo terreno.
O António Rocha e Melo nunca quebrou as regras. No sortido código de comportamentos éticos, sociais, cívicos, e profissionais, o António foi sempre o exemplo dos seus mandamentos, a rigorosa, respeitável e desejável referência, o humanista militante e tolerante, a máscara reconfortante, a persona dignificante, o coração justo, a mão generosa e gratificante. E não apenas o homem de bem (embora do outro lado do muro dos dogmas das “verdades reveladas” e das “cartilhas da salvação da história”), mas também o homem bom (desamparado embora das muletas das escolásticas), e, ainda e mais, o honorable and distinguished gentleman, o autêntico cavalheiro na verdadeira excepção da palavra. Era um homem de carácter, na firmeza das suas convicções e na compostura das suas coerentes acções, vincos da sua forte, ímpar e singular personalidade. Honra lhe seja, que lha devemos! A tout seigneur tout honneur!
A sua vida constituiu a prova provada do ensinamento de Goethe: “Agir é fácil; pensar é difícil; agir de acordo com o que se pensa é ainda mais difícil”. É que, como se dizia na antiga sabedoria grega, “as coisas belas são as mais difíceis”.
Traço marcante da singular personalidade do nosso querido António era também a sua constante fidelidade à divisa legada por Leonardo da Vinci: um ostinato rigore. Um obstinado rigor era a legenda do brasão d’armas deste admirável príncipe na aristocracia dos comportamentos, a qual constitui e institui a própria democracia, sim, a democracia, essa convenção de uma fragilidade magnífica, magnífica.
E foi esse mesmo obstinado rigor que o fez mestre na neurocirurgia e lhe deu famoso e incontornável nome, dentro e fora de muros, no saber e na prática do seu notável profissionalismo e na maîtrise das conquistas e progressos da sua ciência. Rocha e Melo ficará para todo o sempre ligado à história da neurocirurgia portuguesa.
O António era um homem profundamente afectivo. Inseparável da sua Lena, adorava os seus filhos, encantava-se, deslumbrava-se e derretia-se com os seus netos, contagiando e derramando à sua volta e do seu clã, com as suas irmãs e excelentes sobrinhos, e dos seus fraternos amigos, aquele clima de afectos, raiz, fonte e salvação das nossas vidas.
E, abono o que digo com as palavras matinais e orvalhadas do clássico: se as rosas, que só duram um dia, fizessem histórias e deixassem memórias umas às outras, elas diriam: “Nós vimos sempre o mesmo Jardineiro; de memória de Rosa só o vimos a ele; ele foi sempre feito tal como ele é; certo que ele não morre como nós: ele só não muda” (Benard Le Bovier de Fontenelle, Entretiens sur la pluralité dês mondes).
Será também de lembrar que o imperador Adriano, nas memórias ficcionais de Yourcenar, quando pensava aproximar-se o fim, afirmava: “Je suis ce que je l’étais; je meurs sans changer”. “Sou o que era; morro sem mudar”. Mas revolta-se contra a insubmissão do seu corpo que, gasto na caminhada, exigia finalmente repouso: “toda a minha vida confiei na sabedoria do meu corpo (…) O meu corpo não cessava de fundir-se com a minha vontade, com o meu espírito (…) mas o camarada inteligente de outrora já não passa de um escravo que resmunga no cumprimento da sua função” (toute ma vie j’ai fait confiance à la sagesse de mon corps (…) Mon corps cessait de ne faire qu’un avec ma volonté, avec mon esprit (…); le camarade intelligent d’autrefois n’est plus qu’un esclave que rechigne à sa tache).
Médico e cientista, o António era, a par, um homem de cultura, um mestre de humanidades, fiel exemplo do pensamento de Abel Salazar de que um médico que só sabe de medicina nem de medicina sabe.
O António acreditava na literatura que, no dizer Pessoano, é a prova de que a vida não chega. Cria na pintura, nessa poesia que se vê, pedia-lhe o desejo que a visse, nessa fonte que explode de legibilidade porque exactamente o não diz.
Cria na música, que cava os céus, que é a alma de geometria, que dá forma ao silêncio, que é o único prazer sensual sem vício, sabendo que sem ela a vida seria um irremediável erro.
E, como crente e praticante nessas esferas, (nessas esferas, que não n’outras), coabitava afectuosa e familiarmente, nos seus vários poisos, com livros, pinturas e discos, cultivando-os amorosamente com aquela razão gulosa, com aquela sensualidade do entendimento que leva àquela incrível doçura dos sentidos, aos indizíveis sentimentos da emoção que derramam, irrompem e fazem acender as luzes da razão.
E, mais ainda, cultivava o António o chá, nas suas mais esquisitas espécies, tendo como imprescindível companheira a sua inseparável cup of tea. Julgo que esse hábito e gosto lhe pegaram ao corpo lá por terras das Escócias. Vaillard observava que tinha descoberto a razão porque os Anglo-Saxões preferiam o chá: é que tinha provado o seu café! Certo é que o chá traz inspiração e espírito àqueles que os têm e insónias àqueles que os não têm. E o António, com chá ou não, era um homem de espírito.
De uma ironia contida, não corrosiva, aprumada e polida, mais insinuada do que atirada, ele sabia que o humor é o caminho mais curto de um homem a outro. E que fazer humor é transformar a vida numa larga e tolerante benevolência, próxima da caridade. É a faísca que encobre as emoções, que responde sem responder, que não fere e diverte. O único remédio que desata os nervos do mundo sem o adormecer, que lhe dá a liberdade sem o enlouquecer e entrega nas mãos dos homens, sem esmagá-las, o peso do seu próprio destino (Max Jacob).
Curiosamente, o António, sem deixar de ser o grande e admirável médico que era, dotado de um olho e de um faro clínicos de tiro e queda, era dotado dessa peculiaridade tão reconfortante para os seus pacientes: ele tinha um verdadeiro temor reverencial pela doença, por qualquer doença, por todas as doenças. E, por isso, o António as tratava tão bem, com o cuidado, com a atenção, com a reverência, com a inclinação e o beija-mão, enfim, com o respeito que se lhes deve. E o certo é que, elas, agradadas e reconhecidas com tão galante e atencioso tratamento, se retiravam e desapareciam do palco, às arrecuas, sem sobressalto e dando por fim o seu indesejado acto.
Terei também de dizer, neste esboço de retrato do António, que ele tinha um perfil seguro, um carácter viril que se vertebrava na firmeza das suas convicções e no respeito das diferenças, erguido numa verticalidade imbuída de uma frontalidade franca e leal, num orgulho contido no respeito pela palavra dada e por uma memória vincada. O sotaque do seu ser era vincadamente portuense, na esteira dos “Portuenses Ilustres” que Sampaio Bruno decantou e destacou na sua famosa obra e que, um dia, quando actualizada, terá de certeza o nome do António Rocha e Melo, por indiscutível mérito próprio, em cimeiro lugar de destaque, como cabeça de proa de um certo e imperecível elitismo portuense, tão arcaico quanto cosmopolita. O António nunca se refugiou à sombra dos abrigos e, nos combates da liberdade e da cidadania, andou sempre de mãos dadas com os perigos. Nunca, por nunca, hipotecou a sua liberdade de homem livre a nada nem a ninguém. Sabendo, na sua lucidez, que nunca chegaremos à Liberdade, terra prometida, ele sabia que talvez amanhã possamos conhecer e viver, terras conquistadas, novas liberdades. E, nessa conquista, o António sempre empenhou a sua rebeldia, o seu inconformismo, a sua resistência, a sua cidadania.
Do recorte e porte da sua figura, tão singular, original e “sui generis”, ninguém deixava de notar e de se impressionar com aquele Senhor, sem idade aparente ou de quem teve sempre a mesma idade, agasalhado em tweeds, lãs e caxemiras em todos os tons dos marrons, com uma longas gaforinas brancas a badalar ritmadamente e a aconchegar o fino e esguio pescoço em contraponto musical (adagio cantabile e sostenuto?) com umas espessas e revoltas sobrancelhas, levantadas em suspensos pontos de interrogação de quem, como o António, olhava o mundo com renovada e infinita curiosidade. Até na figura, visto de fora, o António era único, irrepetível e insusceptível de imitação.

Senhoras e Senhores, Amigas e Amigos:

Faz-se-me tarde a mim, que não sei ver as horas, como os Chineses, nos olhos dos gatos. E um texto que se pretendia curto, é como um carro de um só lugar: não suporta esperar. Reparo agora como o tempo só faz falta no fim.
Terminarei assim com um poema recentemente escolhido pelo próprio António para um livro, dito de “Homenagens e Outros Epitáfios”, destinado em primeira mão pelo Eugénio “A Jorge de Sena, no chão da Califórnia”, mas que agora tão bem fica ao António aqui no chão de Penafiel:
“É por orgulho que já não sobes
as escadas? Terás adivinhado
que não gostei desse ajuste de contas
que foi a tua agonia?
É só por isso que não vieste
este verão bater-me à porta?
Não sabes já
que entre mim e ti
há só a noite e nunca haverá morte?
Não te faltou orgulho, eu sei;
orgulho de ergueres dia a dia
com mãos trementes
a vida à tua altura
- mas a outra face quem a suspeitou?
Quem amou em ti
o rapazito frágil, inseguro,
a irmã gentil que não tivemos?
(… …)
Andaste por muito lado a ver se o mundo
era maior que tu – concluíste que não.
Tiveste mulher e filhos portuguesmente
repartidos pela terra,
e alguns amigos,
entre os quais me conto.
E se conta o vento.”

Mas o que nós queríamos, no mais fundo de nós, dizer-lhe, comovida e tremidamente, é da falta que o António nos faz e vai continuar a fazer pelas nossas vidas fora e pelas nossas vidas dentro.
E por aqui me fecho.



Aos dias 19 de Maio de 2007,
no Museu de Penafiel
MIGUEL VEIGA

Saturday, May 19, 2007

Homenagem ao Querido Amigo Dr.António Rocha Melo






Penafidelenses Abraçam Dr. Miguel Veiga.






Dr. Miguel Veiga um Notável Amigo dos Penafidelenses. Foi no discurso na presença dos Familiares e amigos, na Homenagem ao Querido Amigo Dr. Rocha Melo que se sentiu a verdadeira amizade. Com o choque obtido, a sua penetração do sentimento, de Pesar de Dor, a penosa e desagradável falta de um Homem, é como diz, ignoro para onde foi, suponho para lado nenhum. Foi sentida por toda a gente presente, ligada ao amigo e ao Museu. A falta daquele Senhor, como o refere, Doutor António da Rocha Melo, de longas gaforinas brancas a badalar ritmadamente em contraponto com as suas revoltas e espessas sobrancelhas levantadas em suspensos pontos de interrogação, de quem, como o António sempre encarou o mundo e o seu teatro com renovada, penetrante infinita curiosidade.
Pelo final e da leitura do poema de Eugénio de Andrade, no chão de Penafiel e da falta que nos faz e vai continuar a fazer. Comovido mas sempre forte e seguro nas suas palavras ao Querido António.
Parabéns Amigo Dr. Miguel Veiga. Em nome do Penafiel e de O Penafidelense, um Forte Abraço e Força, porque, Texto que se pretende em tempo, só faz falta no Fim.
Napoleão Monteiro